Segundo Bruno Garcia Redondo, a introdução de tecnologias digitais nos escritórios de advocacia tem sido um divisor de águas para a profissão. Softwares de automação de tarefas jurídicas, inteligência artificial para análise de jurisprudências e plataformas de gestão de processos judiciais tornaram-se ferramentas indispensáveis. Elas permitem uma atuação mais ágil, reduzem erros humanos e otimizam o tempo dos profissionais. 

No entanto, essa revolução tecnológica também levanta um debate importante: até que ponto a tecnologia pode — ou deve — substituir o fator humano? A advocacia, por essência, envolve interpretação, empatia e estratégias personalizadas. Assim, embora os avanços tecnológicos ofereçam grandes ganhos de eficiência, eles também demandam uma reflexão sobre como preservar o aspecto humano do exercício do direito.

A tecnologia na advocacia sob o olhar de Bruno Garcia Redondo: os novos rumos da profissão.

Por que o atendimento personalizado continua sendo essencial?

Em um mundo jurídico cada vez mais automatizado, o atendimento personalizado destaca-se como um diferencial competitivo e ético. Clientes que enfrentam desafios legais não buscam apenas uma solução técnica, mas também acolhimento, escuta ativa e orientação clara. Um bom advogado vai além da leitura da lei: ele compreende o contexto do cliente, considera suas emoções e cria uma relação de confiança. 

De acordo com Bruno Garcia Redondo, o atendimento humanizado permite uma abordagem mais estratégica e cuidadosa, que leva em conta não apenas o que é legalmente viável, mas também o que é psicologicamente e socialmente apropriado. Preservar esse contato humano é uma forma de valorizar o cliente como indivíduo e não apenas como um processo.

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Como encontrar o equilíbrio entre eficiência tecnológica e sensibilidade humana?

Para Bruno Garcia Redondo, a resposta para os desafios contemporâneos da advocacia não está na substituição do humano pela máquina, mas na construção de um equilíbrio inteligente entre ambos. Escritórios modernos que conseguem integrar ferramentas tecnológicas com uma cultura centrada no ser humano conseguem entregar mais valor. 

Isso implica usar a tecnologia para automatizar processos repetitivos e liberar tempo para que os advogados possam se dedicar ao que realmente importa: a estratégia, a escuta e o relacionamento. Um exemplo claro é o uso de chatbots para agendamentos ou triagem inicial, enquanto o atendimento jurídico em si permanece com profissionais preparados para lidar com as complexidades humanas de cada caso.

Qual é o papel da experiência do cliente na nova advocacia?

A experiência do cliente na advocacia vai além do resultado final do processo. Envolve todo o percurso: o primeiro contato com o escritório, a clareza das informações prestadas, a regularidade das atualizações e até mesmo a linguagem utilizada nas comunicações. Escritórios que adotam uma abordagem centrada na experiência do cliente demonstram maior sensibilidade às necessidades reais das pessoas que atendem. 

Por fim, Bruno Garcia Redondo frisa que humanizar a advocacia começa dentro dos próprios escritórios. Promover um ambiente saudável para advogados e colaboradores, com escuta ativa, respeito às jornadas pessoais e equilíbrio entre vida profissional e pessoal, é essencial. A valorização do ser humano deve acontecer não apenas no atendimento ao cliente, mas também na gestão interna. Essa cultura se reflete diretamente no serviço prestado ao cliente, pois profissionais valorizados tendem a oferecer um atendimento mais cuidadoso e eficiente.

Autor: Emma Thompson