Crise hídrica no Paraná exige conscientização urgente sobre o uso racional da água
O uso racional da água no Paraná se tornou uma necessidade ainda mais urgente diante da redução significativa do volume de chuvas nos últimos meses. A Companhia de Saneamento do Paraná alerta que regiões como o Centro e o Oeste do Estado já registram níveis preocupantes nos mananciais, o que compromete diretamente o abastecimento da população. Em períodos de escassez, como o atual, adotar hábitos conscientes é essencial não apenas para preservar esse recurso natural, mas também para garantir a continuidade dos serviços de fornecimento de água tratada de forma adequada.
Segundo a Sanepar, o uso racional da água no Paraná precisa ser adotado de maneira permanente, e não apenas durante momentos de estiagem. Com o monitoramento realizado por meio de sistemas como o InfoHidro, em parceria com o Simepar, a companhia observou que diversos rios utilizados no abastecimento estão operando com vazões muito abaixo da média histórica. Esse cenário reforça a importância de que cada cidadão compreenda seu papel na economia de água, adotando práticas simples que fazem grande diferença no consumo diário.
Entre os exemplos mais preocupantes está o Rio Vitorino, no município de Vitorino, que apresenta um regime contínuo de seca. Já em Francisco Beltrão, o Rio Marrecas também está com volume extremamente baixo. A capital Curitiba, que normalmente recebe mais de 120 milímetros de chuva no período recente, registrou apenas cerca de 40 milímetros. Esses dados evidenciam como o uso racional da água no Paraná deve ser encarado como um dever coletivo, uma vez que a disponibilidade hídrica está em risco em diversas partes do Estado.
A expectativa de retorno das chuvas mais significativas somente a partir de setembro agrava ainda mais o quadro atual. Durante os meses de inverno, a redução natural da precipitação aumenta a necessidade de reforçar ações de uso racional da água no Paraná. Barragens ajudam a conter parte dos impactos, mas não são suficientes se não houver um esforço conjunto entre poder público e população para evitar desperdícios. Medidas simples podem contribuir muito para a preservação da água tratada e também para a redução no valor das contas mensais.
Adotar o uso racional da água no Paraná implica em atitudes como tomar banhos mais curtos, fechar a torneira ao escovar os dentes ou ensaboar a louça, reutilizar a água da máquina de lavar para tarefas como a limpeza de quintais e implantar sistemas de captação da água da chuva. Essas práticas podem parecer pequenas, mas somadas fazem uma grande diferença. Além disso, o reparo imediato de vazamentos em casas e prédios é um passo fundamental para evitar o desperdício invisível que tanto impacta o consumo final.
A Sanepar reforça ainda que o uso racional da água no Paraná deve priorizar as atividades essenciais, como alimentação, higiene pessoal e limpeza básica. O uso para regar jardins, encher piscinas ou lavar calçadas com mangueira precisa ser repensado, especialmente em tempos de escassez. É preciso que a população compreenda que a água tratada não é um recurso ilimitado e que a consciência no consumo hoje pode evitar racionamentos mais severos no futuro próximo.
As ações de educação ambiental promovidas pela Sanepar, como os programas com professores em cidades como Apucarana, também são ferramentas importantes na formação de uma cultura de preservação. Ensinar desde cedo sobre o uso racional da água no Paraná contribui para que as próximas gerações valorizem e respeitem esse recurso essencial. Campanhas educativas, aliadas a uma comunicação clara e direta com a população, são estratégias que ajudam a construir uma sociedade mais responsável e preparada para lidar com os desafios climáticos.
Diante da escassez atual, é impossível ignorar que o uso racional da água no Paraná deixou de ser apenas uma recomendação para se tornar uma exigência ambiental e social. Com o agravamento das mudanças climáticas, estiagens prolongadas tendem a se repetir com maior frequência. Por isso, repensar nossos hábitos de consumo é urgente. A adoção de comportamentos sustentáveis no dia a dia pode garantir não só o abastecimento imediato, mas também a segurança hídrica das futuras gerações. O futuro da água depende das escolhas que fazemos agora.
Autor: Emma Thompson