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Candidatos ao Governo do Paraná arrecadam R$ 13,2 milhões e têm quase R$ 8 milhões em despesas contratadas; veja a prestação de contas parcial de cada um

Juntos, os nove candidatos ao Governo do Paraná arrecadaram mais de R$ 13 milhões para a campanha deste ano. Ratinho Junior (PSD) e Roberto Requião (PT) têm os dois maiores valores – cada um angariou mais de R$ 4 milhões.

A partir de dados da prestação de contas parcial divulgada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e consultada pelo g1 no sábado (17), percebe-se que dos R$ 13 milhões, os candidatos têm R$ 8 milhões em despesas contratadas. Leia abaixo o quanto cada candidato tem e quanto gastou na campanha até aqui.

De acordo com os dados divulgados pelo TSE, do total, R$ 8,5 milhões têm origem de recursos públicos e R$ 4,6 milhões vieram de fontes privadas.

A lei determina que as informações declaradas devem ter o registro da movimentação financeira ou estimável em dinheiro feita pelo candidato do início da campanha até 8 de setembro. A prestação de contas final, referente ao primeiro turno, deve ser apresentada pelos candidatos até 1º de novembro.

Para a eleição deste ano, o teto de gastos fixado pelo TSE para a campanha de governador é de R$ 11,5 milhões.

Ratinho Junior (PSD)

O candidato à reeleição, Ratinho Junior, foi o que mais arrecadou recursos até o momento. A prestação informou ter angariado R$ 4,6 milhões.

A maior parte do dinheiro é da Direção Estadual/Distrital – Partido Social Democrático – 86%. Em doações de pessoas físicas, o atual governador arrecadou pouco mais de R$ 635 mil, distribuídos em 110 doadores individuais.

Ratinho também é o candidato que mais teve despesas contratadas: R$ 4,2 milhões, o que representa 93% do arrecadado até o momento.

As despesas contratadas estão concentradas em produção de programas de rádio e televisão, com 58%. Para a empresa contratada, foram destinados R$ 2,5 milhões – mais da metade do dinheiro arrecado.

A publicidade por adesivos aparece em segundo lugar, com 15% da verba utilizada. Ainda há gastos com serviços prestados por terceiros, despesa com impulsionamento de conteúdos e serviços advocatícios.

Roberto Requião (PT)

Roberto Requião (PT) declarou ter recebido cerca de R$ 4 milhões e utilizado 43% do montante até sábado (17).

A Direção Nacional – Partido dos Trabalhadores representa quase a totalidade da receita – 99,75%. A campanha informou ter recebido também doações que variam de R$ 11,00 a R$ 2.150,00 de 32 pessoas físicas.

Os maiores gastos de Requião foram em produção de programas de rádio e televisão ou vídeo – 42%. Em segundo lugar, com 25% da utilização da verba, estão despesas com impulsionamento de conteúdo.

Publicidade por adesivos, serviços prestados por terceiros e publicidade por materiais impressos também estão entre os principais gastos do candidato.

Gomyde (PDT)

Ricardo Gomyde (PDT) indicou à Justiça Eleitoral ter arrecadado R$ 3,5 milhões para a campanha. A maior parte, 99,72%, veio da Direção Nacional – Partido Democrático Trabalhista.

Duas pessoas físicas realizaram doações ao candidato no valor de R$ 5 mil cada.

Em relação aos gastos, Gomyde utilizou 42% do que arrecadou. Metade, cerca de 49%, foi para serviços prestados por terceiros. A maior despesa contrata foi para a empresa que fez o planejamento estratégico e comunicação da campanha, recebeu R$ 500 mil.

Em segundo lugar, aparece a despesa com produção de programas de rádio, televisão ou vídeo – 14%.

Serviços contábeis, advocatícios e publicidade por materiais impressos também estão entre os principais gastos.

Joni Correia (DC)

Com pouco mais de R$ 500 mil de arrecadação, toda a receita declarada pelo candidato Joni Correia (DC) veio da Direção Nacional – Democracia Cristã.

O candidato utilizou 69% dos recursos, conforme a prestação de conta parcial disponibilizada pelo TSE. A maior parte, quase 49% das despesas contratadas, foi destinada a publicidades por materiais impressos.

Em segundo lugar estão as doações financeiras a outros candidatos/partidos. Essas doações foram realizadas para 18 deputados estaduais e nove deputados federais. Os valores doados variam de R$ 4.500 a R$ 11.969.

Produção de programas de rádio, televisão ou vídeo, serviços próprios prestados por terceiros e aquisição/doação de bens móveis ou imóveis também estão entre os principais gastos.

Professor Ivan (PSTU)

Professor Ivan (PSTU) declarou ter como receita R$ 3.541, a maior parte (57%) fruto de doação.

Seis pessoas físicas fizeram doações que variam de R$ 200,00 a R$ 1.510,00. Recursos próprios, R$ 1.510, complementam o valor total recebido até agora para a campanha.

O candidato utilizou 94% da verba recebida até o momento. A maior despesa contratada do candidato foi com publicidades de materiais impressos no valor de R$ 2.880. Locação/cessão de bens e imóveis aparece em segundo lugar.

Professora Angela (PSOL)

A candidata Professora Angela (PSOL) declarou ter recebido R$ 234 mil. A doação de partidos políticos representa 99,28% da receita e é dividida entre a direção nacional do PSOL, com R$ 213 mil, e a direção estadual/distrital da Rede Sustentabilidade, que contribuiu com R$ 20 mil.

A candidata utilizou, até o momento, metade da receita disponível.

Das despesas contratas, cerca de 40% foram para serviços prestados por terceiros. A produção de programas de rádio, televisão ou vídeo com 16% da verba utilizada aparece em segundo.

Vivi Motta (PCB)

Vivi Motta, candidata pelo PCB, declarou ter recebido R$ 8.355, entre doação e financiamento coletivo.

À justiça eleitoral, a candidata informou que nove pessoas físicas realizaram doações de R$ 50 a R$ 2.250. O financiamento coletivo representa 9,75% do valor, ou seja, R$ 815.

A candidata utilizou metade dos recursos financeiros até o momento. A principal despesa contratada foi com publicidade por materiais impressos representando 98,79%.

Adriano Teixeira (PCO)

O candidato Adriano Teixeira (PCO) declarou ter recebido R$ 3 mil da Direção Nacional – Partido da Causa Operária. Ele não registrou nenhum gasto com a campanha até o momento.

Solange Ferreira Bueno (PMN)

A candidata Solange Ferreira Bueno (PMN) declarou ter recebido R$ 300 mil da Direção Nacional – Partido da Mobilização Nacional. Ela não registrou nenhum gasto com a campanha até o momento.

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